Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







domingo, 6 de novembro de 2011

ENCONTRO NO CAFÉ MENILMONTANT

Me lembrei do café Menilmontant . Acho que é assim que se escreve, pois nunca vi escrito. Só ouvi falar. Foi assim que aconteceu.
Certa vez encontrei, aqui mesmo, neste portão, creio que nestas cadeiras, embarcando para Paris, um casal de meia idade, que aparentava muito menos que meia idade. Observei que haviam procurado dois lugares contíguos, para juntos estarem, compartilhando desde então a viagem cujo embarque estava próximo. Mas não encontraram. E como havia um lugar vago à minha direita e outro à esquerda, achei por bem oferecer-lhes mudar de assento. Sabe aquela estória de "faz o bem sem olhar a quem"? Pois é!

O cavalo, o cabrito, o avestruz, a girafa e Eva

Me inquieto lendo as preocupantes notícias sobre animais em extinção. Ou já extintos. Alguns que estariam em vias de desaparecerem - conhecidos e simpáticos - como os dinossauros e as baleias, mas também outros desconhecidos e desinteressantes como a aranha branca, da era glacial, e a pulga unicórnia (pulex unicornis), que teria vivido na origem do mundo quando este ainda só tinha duas dimensões. E hoje já temos uma realidade em quatro dimensões, sendo esta última, a dimensão temporal.

sábado, 19 de março de 2011

DEUS VÊ TUDO

“Deus vê tudo.” Não lembro se estava em letras maiúsculas ou não. Nem tenho certeza que aquela placa estivesse em todas as salas de aula. Me parece que sim, mas, a esta altura, não importa. Recordo que aquela inscrição azul sobre uma placa branca, semelhante às placas usadas com a indicação dos nomes de ruas, me acompanhou nos vários anos em que estudei no velho e bom Colégio Rosário. Essa é uma das importantes lembranças. Há tantas outras!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Picolés, nunca mais.


Com certeza eu não diria que empurrar carrinho de picolé o tempo todo me dá prazer. De maneira nenhuma. Quando caminho muito, sem que nenhum freguês me chame, e isso acontece com freqüência, me sinto meio homem, meio bicho, a empurrar aquele peso de uma rua para outra. À tocar aquela corneta. Em vão.
Então, quando passa por mim alguma carroça, fico com inveja do cavalo, troteando rápido e faceiro. A vantagem de ser cavalo, em relação a ser gente, é claro, é que ele parece não ter consciência do que está fazendo.