Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







quinta-feira, 1 de outubro de 2015

“NORWEGIAN WOOD”, de Haruki Murakami



SINOPSE:

Durante aterragem do voo em Hamburgo, ao ouvir Norwegian Wood, dos Beatles,  Toru Watanabe recorda-se do seu primeiro amor, Naoko, a namorada do seu melhor amigo Kizuki. Imediatamente regressa aos seus anos de estudante em Tóquio, num mundo de amizades inquietas, sexo casual, paixão, perda e desejo – quando uma impetuosa jovem chamada Midori entra na sua vida e ele tem de escolher entre o futuro e o passado.

SOBRE O AUTOR E OBRA:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Haruki_Murakami


COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO:

Norwegian Wood (o título é por conta da música dos Beatles) é um livro sobre a juventude, as relações, a depressão, a morte. É sobre amor, mas também sobre desamparo e perda. Sobre medo de amar e medo de morrer.

Esse é um dos primeiros romances de Murakami, lançado em 1987, antes de Minha Querida Sputnik e Após o Anoitecer. Dos romances de Murakami, este talvez seja o mais mainstream – ao gosto da maioria —, sem elemento fantástico, e importantes momentos de sexo. A história tem forte conteúdo autobiográfico, onde o autor revive sua mudança para cursar a faculdade em Tóquio, a desilusão com o movimento estudantil e mesmo seu relacionamento com a esposa, que começou na faculdade. O próprio Murakami diria que não é um livro autobiográfico, pois sua juventude foi mais chata e menos trágica. Ou seja, se não é a autobiografia vivida, é a sonhada.

É difícil falar de um livro que me tocou tanto, não só pelo cotidiano recriado por Murakami, mas pelos personagens e situações que resgatam lembranças de minha própria vida. Desde o título emprestado da música dos Beatles de meu primeiro LP, Rubber Soul, escutado incontáveis vezes em meu toca-discos portátil Admiral, em 1965.

Os personagens são pessoas como nós, com feridas, às vezes desestabilizadas, desamparadas, tendo, —como nós —, lidar consigo mesmo, com maior ou menor sucesso.

Assim como os demais romances de Murakami, “Norwegian Wood” revela no cotidiano dos personagens, a ocidentalização do autor, e do próprio Japão. Desde a música-título, mais ainda pelos personagens, que leem F. Scott Fitzgerald e Thomas Mann, fumam Marlboro, ouvem Beatles, jazz e bossa nova. Essa história em um Japão ocidentalizado, poderia se passar em qualquer lugar do mundo.


RESUMO/RESENHA:

Escolhi duas, uma de Portugal e outra do Brasil




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