Doenças
cardiovasculares, hipertensão arterial, envelhecimento precoce, doenças
autoimunes, perturbação à formação óssea e osteoporose, desidratação das
células, aumento do fluido circulante no corpo, cálculo renal, doença renal
crônica, enfraquecimento do sistema imunológico, cefaleia, delírio, parada
respiratória, alterações do paladar, redução do metabolismo celular, colapso
renal, acidente vascular cerebral.
O
homem comum sabe dos malefícios do sal. Você sabe. Há informações em todo
lugar. Talvez muitos não saibam é que consumimos mais de 10 g de sal por dia, e
a Organização Mundial da Saúde recomenda o limite de 5 g por dia. Também não é
do conhecimento geral que o Ministério da Saúde tem firmado acordos com a
indústria alimentícia para a redução de sal nos pães, em especial os industrializados,
caldos e temperos, biscoitos e bolachas, margarina, salgadinhos, e outros,
visando reduzir, até 2020, para menos de 5 g por dia a ingestão de sal.
Pois,
a Câmara Municipal de Porto Alegre, que muito se ocupa dando nome a
logradouros, aprovando moções de repúdio, e discutindo assuntos fora de sua
competência constitucional, aprovou, em 15/02/16, um projeto de lei que
institui o programa “Menos Sal, Mais Saúde”. Os objetivos são óbvios, promover
a conscientização dos cidadãos sobre os efeitos nocivos do consumo excessivo de
sal na alimentação. Também foi aprovada uma emenda ao projeto de lei,
determinando que os bares, restaurantes, e similares, não mais colocarão
recipientes com sal sobre as mesas. Só será fornecido se o cliente solicitar.
Não está prevista punição alguma - nem o estabelecimento, nem o cliente serão autuados por usar sal — e o objetivo da tal emenda é diminuir a
exposição dos consumidores ao consumo inadequado de sal.
Ao
mesmo tempo em que tomei conhecimento do assunto, vi as redes sociais serem
ocupadas por ácidas críticas à iniciativa da Câmara, desdenhando o tema e o
próprio legislativo municipal, por tratar desse assunto. Para quem passa boa
parte do tempo em inócuos processos de dar nomes a logradouros, distribuir
títulos de cidadão de Porto Alegre, ou instituindo esdrúxulos dias municipais,
a preocupação com a saúde pública através da redução do sal é altamente
louvável. Se nossos vereadores se ocupassem mais em projetos — mesmo pequenos —
de melhoria da qualidade de vida na cidade, não seriam tão criticados, até
quando fazem a coisa certa.
Quanto aos críticos, minha recomendação é de “Menos
Sal, Menos Ranço”.
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