Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

MENOS SAL, MENOS RANÇO


Doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, envelhecimento precoce, doenças autoimunes, perturbação à formação óssea e osteoporose, desidratação das células, aumento do fluido circulante no corpo, cálculo renal, doença renal crônica, enfraquecimento do sistema imunológico, cefaleia, delírio, parada respiratória, alterações do paladar, redução do metabolismo celular, colapso renal, acidente vascular cerebral.


O homem comum sabe dos malefícios do sal. Você sabe. Há informações em todo lugar. Talvez muitos não saibam é que consumimos mais de 10 g de sal por dia, e a Organização Mundial da Saúde recomenda o limite de 5 g por dia. Também não é do conhecimento geral que o Ministério da Saúde tem firmado acordos com a indústria alimentícia para a redução de sal nos pães, em especial os industrializados, caldos e temperos, biscoitos e bolachas, margarina, salgadinhos, e outros, visando reduzir, até 2020, para menos de 5 g por dia a ingestão de sal.

Pois, a Câmara Municipal de Porto Alegre, que muito se ocupa dando nome a logradouros, aprovando moções de repúdio, e discutindo assuntos fora de sua competência constitucional, aprovou, em 15/02/16, um projeto de lei que institui o programa “Menos Sal, Mais Saúde”. Os objetivos são óbvios, promover a conscientização dos cidadãos sobre os efeitos nocivos do consumo excessivo de sal na alimentação. Também foi aprovada uma emenda ao projeto de lei, determinando que os bares, restaurantes, e similares, não mais colocarão recipientes com sal sobre as mesas. Só será fornecido se o cliente solicitar. Não está prevista punição alguma - nem o estabelecimento, nem o cliente serão autuados por usar sal e o objetivo da tal emenda é diminuir a exposição dos consumidores ao consumo inadequado de sal.

Ao mesmo tempo em que tomei conhecimento do assunto, vi as redes sociais serem ocupadas por ácidas críticas à iniciativa da Câmara, desdenhando o tema e o próprio legislativo municipal, por tratar desse assunto. Para quem passa boa parte do tempo em inócuos processos de dar nomes a logradouros, distribuir títulos de cidadão de Porto Alegre, ou instituindo esdrúxulos dias municipais, a preocupação com a saúde pública através da redução do sal é altamente louvável. Se nossos vereadores se ocupassem mais em projetos — mesmo pequenos — de melhoria da qualidade de vida na cidade, não seriam tão criticados, até quando fazem a coisa certa. 
Quanto aos críticos, minha recomendação é de “Menos Sal, Menos Ranço”.












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