Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







sexta-feira, 17 de abril de 2015

MOÇÃO DE REPÚDIO À FALTA DE PRODUTIVIDADE



Lendo o JC de 16/04/15 tomei conhecimento que a Câmara Municipal de Porto Alegre, no dia anterior, votou duas moções de repúdio, após duas horas de polarizadas discussões. Uma delas, contra a demora do presidente do STF em dar seguimento a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) que trata do fim do financiamento privado às campanhas eleitorais, foi rejeitada, enquanto que a segunda, contra as prisões e cerceamentos políticos supostamente cometidos pelo governo da Venezuela, esta foi aprovada. Apesar de aprovar imensamente o interesse dos vereadores sobre esses assuntos, assim como de todos os brasileiros, me pareceu que tais assuntos deveriam estar na pauta da pausa do cafezinho. Ou na hora do chopinho.
Buscando subsídios no Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre, repassei o TÍTULO I - Da Câmara Municipal, CAPÍTULO I - Das Funções da Câmara, e não encontrei em seus seis artigos alguma justificativa para o uso de sessão dessa Câmara em discussões como essas noticiadas. É claro que seguidores da teoria do caos diriam que no mundo plano em que vivemos, onde tudo se relaciona, tais assuntos seriam da maior importância para o município de Porto Alegre, como um efeito borboleta.
Prefiro afastar esse chamado “efeito borboleta” e apenas apontar o desvio de função de Câmaras Municipais ao tratar de assuntos absolutamente externos aos interesses do município, gastando mal os recursos públicos, e dando um péssimo exemplo de produtividade, quando sabemos da diversidade de problemas e necessidade de soluções que nossa Porto Alegre necessita.
Por tudo isso, registro minha singela moção de repúdio àquela sessão da Câmara Municipal de Porto Alegre de 15/04/2015.

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