Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







quarta-feira, 8 de julho de 2015

E SE COMPARTILHÁSSEMOS AUTOMÓVEIS?



A primeira vez que ouvi isso foi na crise do petróleo de 1973, a mais de quarenta anos. O autor não foi Júlio Verne nem Mark Twain que, respectivamente, imaginaram a viagem à lua e uma rede que conectaria o mundo cem anos antes de acontecer, mas alguém já preocupado com práticas sustentáveis quando pensar nisso parecia um desperdício de energia. Aquela ideia, então futurista, é hoje uma prática que se desenvolve rápida e amplamente em vários países – inclusive no Brasil -, através de diferentes sistemas de compartilhamento.

Em Paris, o “Autolib” funciona como os sistemas de bicicleta já amplamente usados em algumas cidades brasileiras. Você escolhe aderir a um plano anual, mensal ou diário, ou simplesmente eventual, e usa o carro pagando pelo tempo de uso. Lá, há em torno de 3.000 carros, 1.000 estações de coleta e entrega e quase 100.000 usuários cadastrados. Recentemente algumas grandes montadoras implantaram compartilhamento em Londres e nos EUA, estimulando os compradores de seus automóveis a compartilhá-los.
Apoiando-se em pesquisas de opinião cujos resultados indicam que as novas gerações percebem os carros tão emprestáveis como os livros, e dão mais importância a usufruir um carro ao invés de ser proprietário, as grandes montadoras começam a perceber que dar soluções de mobilidade pode ser mais promissor e rentável do que produzir carros.
Para viabilização desses programas, é fundamental o desenvolvimento de aplicativos para uso nos celulares, de modo a aproximar rapidamente oferta de carros e demandantes. Quanto à isso, a todo momento a criatividade da geração z nos oferece soluções. Desde os já conhecidos e amplamente usados buscadores de táxi, como também o contestado UBER, ou os app de caronas inteligentes, alinham-se todos na direção de soluções de mobilidade, aumentando a ocupação dos carros que circulam, retirando outros carros das ruas. 
Se você ainda não havia pensado em alugar seu carro, então comece a pensar! Isso poderia lhe propiciar uma renda extra, e, necessitando ir ao aeroporto buscar os familiares que chegam de férias, você usaria uma linda “van” de um desconhecido qualquer. E, com menos carros nas ruas, poderia sair de casa quando o app em seu celular avisasse que a avião havia pousado.

Publicado no JC, 08/07/2015

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