Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







segunda-feira, 9 de novembro de 2015

LIVRO DO MÊS: A TRÉGUA, DE MARIO BENEDETTI



Na reunião de novembro do CLUBE DE LEITURA da PALAVRARIA, discutimos "A TRÉGUA". 
A resenha, apresentada a seguir, é de MARIA MARLI RISSATO. 



 A TRÉGUA
Autor : Mario Benedetti
Mario Benedetti foi um poeta, escritor e ensaísta uruguaio. Integrante da Geração de 45, sscreveu mais de 80 livros.
Nascimento: 14/setembro/1920, Paso de los Toros, Uruguai
Falecimento: 17/maio/2009, Montevidéu, Uruguai
A Trégua, publicado em 1960, é o mais famoso romance de Mario Benedetti e uma das obras mais importantes da literatura latino-americana contemporânea do século XX.

Considerado o mais belo livro de Benedetti, escrito na forma de diário pessoal e com fina ironia, tem enredo simples, mas com primor narrativo inquestionável.
O romance se passa em Montevideo, Uruguai, no ano de 1957, e conta a história de Martín Santomé, um “homem simples, maduro, de muita bondade, muito inteligente, mas pacato, levando uma vida monótona, cinzenta e sem alegrias”.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempoO cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem implacável do tempoPrestes a completar 50 anos, — e se aposentar —, viúvo há 20 anos, Martín Santomé mora com três filhos adultos e não se relaciona bem com nenhum deles. Tem poucos amigos.
A relação com os três filhos é complicada. Esteban, o mais velho, é revoltado, o do meio — Jaime —, talvez seu preferido, parece sensível e inteligente. É homossexual e, depois de apanhar do irmão quando lhe revelou a verdade, sai de casa. Martín descobre a verdade por uma carta.
E, por fim, Blanca, com quem comparte uma característica da personalidade: ela “também é uma triste com vocação de alegre”. Os quatro dividem a mesma casa, embora quase nunca se comuniquem. Estão unidos por uma espécie de isolamento que se complementa no coletivo.
Com a aposentadoria despontando no horizonte, Santomé se pega imaginando como será a vida a partir daí. Acostumado ao trabalho burocrático e rotineiro em seu escritório. Um de seus poucos orgulhos como funcionário é a caligrafia cuidadosa com que faz anotações nos livros da empresa.
Martín vê-se apreensivo com a proximidade de uma nova fase que encerra em si surpresas e ansiedades, pergunta-se o que fará quando se aposentar. Aprender a tocar um instrumento, talvez?
Ele é um homem levado pela rotina e teme seus dias de ócio total na mesma medida em que deseja que eles cheguem logo. Anseia por esses tempos de liberdade, medita sobre o futuro, mas ao mesmo tempo receia não saber o que fazer com todo o tempo que terá disponível
 Martín escreve em seu diário seus pensamentos e lembranças mais profundas, mostrando sua estafa com a vida no geral e seus ressentimentos com a morte da esposa ainda jovem.
Enquanto vê se aproximar o fim dos seus dias de trabalho burocrático, ele constata quão rotineiros e previsíveis têm sido seus dias desde a morte da sua mulher. Não sofre pela viuvez, mas sim por sentir-se “ressequido” em relação às afetividades.
Martín é um personagem construído com esmero. À medida que a leitura avança, mostra um homem inseguro, perdido na incapacidade de lidar com o tempo e em sua própria passividade em relação à vida. “Já aprendi que meus estados de pré-explosão nem sempre conduzem à explosão. Às vezes terminam numa humilhação lúcida, numa aceitação irremediável das circunstâncias.”
No entanto Martín vê sua vida mudar quando ele conhece uma jovem que começa a trabalhar no escritório, na sua área. Ela é uma boa moça, tímida, simples, de “traços definidos, de gente leal”.
Com a jovem Laura Avellaneda, sua nova funcionária, que parece ser o que faltava para dar uma trégua na solidão e espantá-la para longe, ele se redescobre capaz de amar de novo. Então apaixona-se! De forma inesperada encontra o amor no local de trabalho. Ela é muito mais nova: 20 anos, como se fosse, curiosamente, mais um lembrete do tempo. Surgem os receios: o medo da velhice e de ser rejeitado. Porém, é correspondido, renasce, comete algumas loucuras, é feliz e encontra alguma paz que precisava.
Aluga um apartamento para encontrar-se com Laura e decide casar-se, quando ela falta ao encontro por vários dias e percebe o quanto a ama e necessita dela.
Este livro é o seu diário de angústias, de felicidades, e é a sua coleção de aspirações e medos sobre o futuro e os seus pensamentos acerca do que viveu.
A vida acaba pregando uma peça à Martin – Laura morre!
Martin escreve em seu diário: “É evidente que Deus me concedeu um destino escuro. Nem sequer cruel. Simplesmente escuro. É evidente que me concedeu uma trégua. No início resisti a acreditar que pudesse ser felicidade. Resisti com todas aas minhas forças, depois me dei por vencido e acreditei. Mas não era felicidade, era só uma trégua. Agora estou outra vez metido no meu destino. E ele é mais escuro do que antes, muito mais.”
Muito mais que uma história de amor A TRÉGUA discorre com simplicidade e honestidade questões como a redescoberta do amor, a busca da felicidade, seu verdadeiro significado e uma profunda reflexão sobre o tempo: o que já vivemos, o que ainda temos para viver e o tempo que temos a sensação que nos escapa.
É também uma profunda reflexão sobre trabalho, velhice, amor, morte, tempo, miséria, injustiça, solidão e esperança, sociedade e felicidade, um retrato às vezes bem humorado, às vezes ferino dos difíceis relacionamentos humanos.
Escrito com toques de sensibilidade e tristeza, A TRÉGUA é um livro atualíssimo, pois as reflexões e dilemas de Martín Santomé seguem à nossa volta. E dentro de nós, também.


Resenha de MARIA MARLI RISSATO, em 09/11/2015


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