Na reunião de novembro do CLUBE DE LEITURA da PALAVRARIA, discutimos "A TRÉGUA".
A resenha, apresentada a seguir, é de MARIA MARLI RISSATO.
A TRÉGUA
Autor : Mario Benedetti
Mario Benedetti
foi um poeta, escritor e ensaísta uruguaio. Integrante da Geração de 45, sscreveu
mais de 80 livros.
Nascimento: 14/setembro/1920, Paso de los Toros, Uruguai
Falecimento: 17/maio/2009, Montevidéu, Uruguai
A Trégua,
publicado em 1960, é o mais famoso romance de Mario Benedetti e uma das obras
mais importantes da literatura latino-americana contemporânea do século XX.
Considerado o mais belo livro de Benedetti, escrito na forma de diário
pessoal e com fina ironia,
tem enredo simples, mas com
primor narrativo inquestionável.
O
romance se passa em Montevideo, Uruguai, no ano de 1957, e conta a história
de Martín Santomé, um “homem simples, maduro, de muita bondade, muito inteligente,
mas pacato, levando uma
vida monótona, cinzenta e sem alegrias”.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela
ausência de perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as
páginas desta história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o
romance relata um breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da
aposentadoria, cuja existência se divide entre o escritório, a casa, o café e
uma precária vida familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já
adultos. Uma inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um
horizonte de libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e
será apenas um parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a
solidão e a passagem implacável do tempo.
O cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de perspectivas,
característica da classe média urbana, permeia as páginas desta história
patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um breve
período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja
existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida
familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma inesperada
relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de libertação
e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um parêntese -
uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a passagem
implacável do tempoO cotidiano cinzenta e rotineiro, marcado pela ausência de
perspectivas, característica da classe média urbana, permeia as páginas desta
história patética. Adotando a forma de um diário pessoal, o romance relata um
breve período da vida de um funcionário viúvo, próximo da aposentadoria, cuja
existência se divide entre o escritório, a casa, o café e uma precária vida
familiar dominada por uma relação difícil com os filhos já adultos. Uma
inesperada relação amorosa, que parece oferecer ao protagonista um horizonte de
libertação e felicidade pessoal, é tragicamente interrompida e será apenas um
parêntese - uma trégua - em sua luta diária contra o tédio, a solidão e a
passagem implacável do tempoPrestes
a completar 50 anos, — e se aposentar —, viúvo há 20 anos, Martín Santomé mora com
três filhos adultos e não se relaciona bem com nenhum deles. Tem poucos amigos.
A
relação com os três filhos é complicada. Esteban, o mais velho, é revoltado, o
do meio — Jaime —, talvez seu preferido, parece sensível e inteligente. É
homossexual e, depois de apanhar do irmão quando lhe revelou a verdade, sai de
casa. Martín descobre a verdade por uma carta.
E, por
fim, Blanca, com quem comparte uma característica da personalidade: ela “também
é uma triste com vocação de alegre”. Os quatro dividem a mesma casa, embora
quase nunca se comuniquem. Estão unidos por uma espécie de isolamento que se
complementa no coletivo.
Com a aposentadoria despontando no
horizonte, Santomé se pega imaginando como será a vida a partir daí. Acostumado
ao trabalho burocrático e rotineiro em seu escritório. Um de seus poucos
orgulhos como funcionário é a caligrafia cuidadosa com que faz anotações nos
livros da empresa.
Martín vê-se apreensivo com a
proximidade de uma nova fase que encerra em si surpresas e ansiedades, pergunta-se
o que fará quando se aposentar. Aprender a tocar um instrumento, talvez?
Ele é um homem levado pela rotina e
teme seus dias de ócio total na mesma medida em que deseja que eles cheguem
logo. Anseia por esses tempos de liberdade, medita sobre o futuro, mas ao mesmo
tempo receia não saber o que fazer com todo o tempo que terá disponível
Martín escreve em seu diário seus pensamentos e
lembranças mais profundas, mostrando sua estafa com a vida no geral e seus
ressentimentos com a morte da esposa ainda jovem.
Enquanto
vê se aproximar o fim dos seus dias de trabalho burocrático, ele constata quão
rotineiros e previsíveis têm sido seus dias desde a morte da sua mulher. Não sofre
pela viuvez, mas sim por sentir-se “ressequido” em relação às afetividades.
Martín
é um personagem construído com esmero. À medida que a leitura avança, mostra um
homem inseguro, perdido na incapacidade de lidar com o tempo e em sua própria
passividade em relação à vida. “Já aprendi que meus estados de pré-explosão nem
sempre conduzem à explosão. Às vezes terminam numa humilhação lúcida, numa
aceitação irremediável das circunstâncias.”
No
entanto Martín vê sua vida mudar quando ele conhece uma jovem que começa a
trabalhar no escritório, na sua área. Ela é uma boa moça, tímida, simples, de
“traços definidos, de gente leal”.
Com
a jovem Laura Avellaneda, sua nova funcionária, que parece ser o que faltava
para dar uma trégua na solidão e espantá-la para longe, ele se redescobre capaz
de amar de novo. Então apaixona-se! De forma inesperada encontra o amor no
local de trabalho. Ela é muito mais nova: 20 anos, como se fosse, curiosamente,
mais um lembrete do tempo. Surgem os receios: o medo da velhice e de ser
rejeitado. Porém, é correspondido, renasce, comete algumas loucuras, é feliz e
encontra alguma paz que precisava.
Aluga
um apartamento para encontrar-se com Laura e decide casar-se, quando ela falta
ao encontro por vários dias e percebe o quanto a ama e necessita dela.
Este
livro é o seu diário de angústias, de felicidades, e é a sua coleção de aspirações
e medos sobre o futuro e os seus pensamentos acerca do que viveu.
A
vida acaba pregando uma peça à Martin – Laura morre!
Martin
escreve em seu diário: “É evidente que Deus me concedeu um destino escuro. Nem
sequer cruel. Simplesmente escuro. É evidente que me concedeu uma trégua. No
início resisti a acreditar que pudesse ser felicidade. Resisti com todas aas
minhas forças, depois me dei por vencido e acreditei. Mas não era felicidade,
era só uma trégua. Agora estou outra vez metido no meu destino. E ele é mais
escuro do que antes, muito mais.”
Muito
mais que uma história de amor A TRÉGUA discorre com simplicidade e honestidade
questões como a redescoberta do amor, a busca da felicidade, seu verdadeiro
significado e uma profunda reflexão sobre o tempo: o que já vivemos, o que
ainda temos para viver e o tempo que temos a sensação que nos escapa.
É também uma profunda
reflexão sobre trabalho, velhice, amor, morte, tempo, miséria, injustiça, solidão e
esperança, sociedade
e felicidade, um
retrato às vezes bem humorado, às vezes ferino dos difíceis relacionamentos humanos.
Escrito com toques de
sensibilidade e tristeza, A TRÉGUA é um livro atualíssimo, pois as reflexões e
dilemas de Martín Santomé seguem à nossa volta. E dentro de nós, também.
Resenha de MARIA MARLI RISSATO,
em 09/11/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário