Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







segunda-feira, 15 de março de 2010

Mestre Elisa dos fados


Lisboa, 05 de março de 2010
Depois de ter sobrevivido e escapado do combate com a banca da Elisa, fomos buscar o justo prêmio. O já tão falado (mas não conhecido ainda)bacalhau na Ti Natércia. Por muito tempo achávamos que era tia Natércia, mas não ! Se é tia, é apenas para seus sobrinhos, e nós não somos sobrinhos dessa tia. O restaurante chama-se Ti Natércia, pois pois.
A Ti Natércia fica no Alfama, aquele bairro antigo de Lisboa em cujo topo tem o Castelo de São Jorge, que é irrigado por quase infinitas vielas, becos, ruelas. Pois bem, imaginem que subimos aquela montanha
 por um lado e descemos pelo mesmo lado, com a diferença de que uma ruela era paralela à outro ??? Tudo para descobrir a Ti Natércia, e descobrir também que estava localizada à 50 ou 100 m da origem da caminhada de 1000 ou 1500 m com aclives de até 45 graus. A Ti Natércia, para nossa decepção, estava reservada para um grupo de 6 pessoas (é a capacidade máx.), e, então, fomos atrás de algum outro, próximo, pois estava frio, chuviscando e tínhamos fome. Tivemos alguma dificuldade em obter informações, primeiro porque perguntávamos sobre a rua dos Clérigos (que nos tinham indicado) e as Sras informantes nunca tinham ouvido falar em rua dos Clérigos naquela região. Ao final nos sugeriram pedir informações novamente quando estivéssemos no beco dos Clérigos, quase em frente de onde estávamos. Ora pois ! E, como se não bastasse, elas pensavam que eu estava falando inglês !! Pois ao final da conversa, a Sra que acompanhava o assunto da janela, se empinou e disse "ask again".
Descobrimos o restaurante dos Clérigos. Não era dos Clérigos. Apenas o endereço era dos Clerigos. Se chamava, e creio que se chama ainda (pois fazem poucos dias que lá estivemos) Viela de Alfama, de Maria de Lurdes Gomes, Contribuinte N.112560920. Embora escondido, relativamente pequeno, e muito típico. Via-se que recebiam turistas, pois na porta dizia "Fado today". Ou seja, ouviríamos fado as 20:30.




Era um daqueles restaurantes em que após tomarmos a 2ª taça de vinho, os atendentes e cozinheiros viram cantores de fado e com um pouco mais de vinho não sabemos se pedimos uma água sem gás ao cantor ou se melhor seria pedir para a cozinheira cantar Lisboa Antiga.
Mas saiu tudo muito bem, inclusive no que diz respeito ao pudim, que estava ótimo.
No dia seguinte, batemos pernas por Lisboa, sem necessidade de chapéu de chuva, pois não mais chovia.
O taxi para o dia seguinte já estava marcado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário