Pois hoje, após o término do curso, fomos
descontrair no Ti Natércia, um agradável, pequeno e simples restaurante, frequentado pelos
lisboetas e atendido pela própria Sra.Natércia, na subida para o Castelo de São
Jorge. Diz-se que é onde se come o melhor bacalhau de Lisboa. Mas isso todos dizem,
e todos são ótimos. Nosso alegre e faminto grupo era de 3 portugueses, 1
espanhol e eu. Havíamos reservado, mas chegamos um pouco cedo, antes das seis,
e não estava ainda aberto.Mas em 10 min a simpática e eloquente Sra. Natércia
nos abriu as portas, indicando a mesa que nos aguardava.
Para lubrificar as engrenagens pedimos um
aperitivo. Eu, vinho do Porto, branco, pois depois seguiria no vinho. Por sorte
o hotel ficava a 10-15 min de caminhada lomba abaixo. Entre amenidades,
impressões desses dias que passamos juntos, novas perspectivas, pedimos o prato
principal. Para mim um bacalhau a lagareiro. Por 10 euros, nada
mau. E dividiria um vinho local com o espanhol. Os portugueses iam de cerveja.
A conversa começa a fluir, solta e leve, sobre
atualidades, os refugiados da África e do Oriente Médio, o emprego, os bons
tempos, e, lá pelas tantas, após tentarmos resolver primeiro os problemas da
Grécia, e, na falta de êxito, os problemas da humanidade — e isso foi cansativo
e infrutífero —, voltamos às amenidades.
E vieram as piadas. Há muitos tipos de piadas que
fazem sucesso em qualquer lugar e tempo. Além das piadas maldosas sobre as
sogras, as piadas infundadas sobre advogados, há aquelas sobre determinados
países ou povos, que fazem grande sucesso regional.
Como exemplo desse grupo, estão as piadas que
contamos sobre os portugueses e sobre os argentinos. Portugueses contam piadas
de espanhóis, estes se divertem com os bascos, e assim por diante.
Meus parceiros portugueses eram colecionadores, e pedi
que iniciassem a rodada, contanto uma sobre os espanhóis, o que veio imediatamente:
"Num comboio,
viajavam lado a lado um português, um espanhol, uma loira espetacular e uma
gorda enorme. Nisto, o comboio entra num túnel escuro e ouve-se uma grande
estalada. Quando faz-se a luz, o espanhol está com a cara vermelha de um dos
lados.
Pensa a gorda: 'O espanhol deve ter apalpado a loira e ela deu-lhe uma bofetada.'
Pensa o espanhol: 'o português deve ter apalpado a loira e ela julgou que fosse eu e deu-me um bofetão.'
Pensa a gorda: 'O espanhol deve ter apalpado a loira e ela deu-lhe uma bofetada.'
Pensa o espanhol: 'o português deve ter apalpado a loira e ela julgou que fosse eu e deu-me um bofetão.'
Pensa a
loira: 'o espanhol deve ter tentado apalpar-me, enganou-se e apalpou a
gorda e ela deu-lhe um tapa.'
Pensa o
português: 'Mal posso esperar para que venha mais um túnel para dar outra
bofetada nesse cabrão'."
Nosso amigo espanhol, Juan, disse que aquilo era um
“chiste” requentado, e tomou a palavra para contar sobre os bascos:
"Arnaldo viajó
a Japón y se compró un par de anteojos de gran tecnología que hacía ver desnudas
a todas las mujeres.
Arnaldo se
pone los anteojos y empieza a ver desnudas a todas las mujeres... está
encantado. Se pone los anteojos, desnudas, se quita los anteojos, vestidas
- ¡Qué
maravilla!
Regresó a
Bilbao, loco por mostrarle a su mujer la novedad. Cuando llega a la casa,
inmediatamente se coloca los anteojos. Abre la puerta y ve a María y a Joaquín,
desnudos en el sofá.Se quita los anteojos, desnudos, se pone los anteojos,
desnudos. Se los quita... desnudos, se los pone... desnudos.
- ¡Vaya
mierda de anteojos chinos! Es llegar a Bilbao y já se rompen!"
Então se voltaram na minha direção e expliquei meio
sem jeito que contamos muitas piadas de portugueses, mas também de argentinos,
principalmente no sul do Brasil. Como alguém se mostrou um pouco surpreso em
relação aos argentinos, exemplifiquei:
"Vocês sabem o
que é orgulho? É um pequeno argentino que levamos dentro do peito! — sem
conhecer os argentinos, apenas sorriram gentilmente."
Ante o insucesso da primeira, criei coragem e
decidi contar uma suave de portugueses:
"Caiu um jumbo
nos arredores de Lisboa. Morreram 640 pessoas, 320 no acidente e outras tantas
na reconstituição."
Como os portugueses não riram muito, perguntei se
desejavam que explicasse. E, junto com o espanhol, nos atiramos na risada.
Após essa descontração toda, se abateu um certo
silêncio, e perguntei se também são contadas piadas de brasileiros. Se
entreolharam por uns instantes, e alguém respondeu — Sobre o Brasil? E precisa?
— e desabaram a rir.
De início constrangido, tive que acompanhar o
humor, entendendo que, também lá é sabido que o Brasil é uma grande piada.
E a noite transcorreu e terminou sem mortos nem
feridos. Agora já passam de meia noite, estou no hotel e já olho minhas coisas
com jeito de quem vai arrumar as malas.
Pois amanhã, último dia, terei a tarde livre para
passear onde ainda não fui. E, no sábado pela manhã, embarco direto para Porto
Alegre.
Até!
Tem aquela : o ingles conta para o alemão :
ResponderExcluir- minha mulher é muito burra. Comprou uma bicicleta e nem sabe andar nela.
O alemão respondeu :
- a minha é pior. Construiu uma piscina e nem sabe nadar.
O portugues, morrendo de rir, contou :
- a minha mulher é pior. Foi passar o carnaval em Salvador e levou uma caixa de camisinhas e nem pinto ela tem.