Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







sábado, 15 de agosto de 2015

DIÁRIO DE BORDO: SÁBADO 15/08/2015 EM LISBOA




O voo da TAP aterrou às 11h, foi ótimo, e já na partida matei as saudades daquele simpático sotaque português.


Como meu bilhete é para São Tomé, amanhã cedo, a TAP deu cortesia uma diária no Hotel Mundial, com os translados de/para aeroporto. Muito bem localizado, próximo de tudo. Após duas horas da chegada, entre transfer, esperas, check in e acomodação, estava pronto para bater pernas.
O Rossio fica pertíssimo, depois percorri a Rua Augusta a menos de 120 por hora, Praça do Comércio e fui subindo rumo ao miradouro Santa Luzia, lá sobre o morro. No meio do caminho, atendi o clamor de meu estômago, entrei num pequeno restaurante e pedi um simpático bacalhau com batatas ao murro + um cálice de vinho rosado + outro cálice de vinho rosado. Desisti de seguir adiante e retornei à Baixa. Em direção ao Bairro Alto, entrei numa livraria e comprei um Saramago. Subi por aquela escada rolante tão interminável quanto útil, e continuei em direção ao largo do Chiado. Encontrei um sorvete e sentei numa mureta de um buraco de metrô em frente ao Café à Brasileira. Depois de acabar o sorvete, com casquinha e tudo, me chamou atenção um cara sentado numa cadeira sobre a calçada. Quieto como uma estátua em dia sem vento.
Entrei no café A Brasileira para lavar as mãos grudentas de sorvete e, na saída, me aproximei daquele cara e pedi uma informação de como chegar não-sei-onde. Nem me olhou mas resmungou qualquer coisa. — Hã? Perguntei. — E ouvi ele dizer que “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.” Tratei de ir embora, pensando que não deviam deixar soltos malucos desse tipo. Comentei no hotel e soube que está sempre lá e usa vários nomes. Eram quase oito horas e a noite ainda não tinha chegado. Então fui descansar um pouco e cai no sono. Acordei passado meia noite. Escrevo agora e volto a dormir, pois as 6:30 já me movimentarei. O voo TP1527, parte de Lisboa as 9:40, escala em Acra (Gana) as 14:25 e aterra em São Tomé as 17:05. O fuso é igual ao daqui. Ainda não comi nenhum pastel de nata . Boa noite. 


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