Se eu não morresse nunca ! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas. (Cesário Verde 1855-1887)







sábado, 29 de agosto de 2015

NO VOO DA TAP, RETORNANDO AO BRASIL

O vôo 117 partiu de Lisboa no horário. No aeroporto tive tempo para comprar 3 livros (1 Saramago + 2 Walter Mãe), 3 canecas estampadas com azulejos e 2 vinhos.
Agora, após 6 horas de voo e um bom almoço, deixando para trás o Atlântico, aproveito o wireless do avião e publico meu texto de conclusão do curso.



"VIAGEM FICCIONAL, UMA BOA NOVA IDÉIA


Soube por um turista coreano, na Copa do Mundo. Disse já ter estado no Brasil em viagem ficcional. Diferentemente das viagens reais e das virtuais, em que ambas visam exclusivamente experiências turísticas, a viagem ficcional surgiu da criação literária. Deve trazer informações verdadeiras sobre os locais visitados, mas também, e principalmente, permitir ao autor a criação de ficções, que não são propriamente mentiras, pois não podem confrontar a realidade e devem ter forte verossimilhança.

Por ex., ao viajar ficcionalmente a Portugal, seria inverdade um encontro com Saramago — falecido em 2010  —, mas podemos ter um encontro inesperado e interessante com a filha de seu personagem Cipriano Algor — uma ficção —. Mesclando relatos jornalísticos e narrativas ficcionais, desenvolvemos criação literária, conduzindo o leitor por novas experiências.

Simultaneamente ao crescente interesse das pessoas em viajar ficcionalmente, também as cidades tem investido em conteúdos na internet, por entender que essa divulgação abre as portas para o turismo presencial.

Como voluntário de um programa de viagens ficcionais, visitei São Tomé, Luanda, Maputo e Lisboa com arredores, escolhi voos e hotéis, estive em lugares, encontrei pessoas, decidi onde comer e passear, como qualquer turista faria. Mas também relatei — em blog e Facebook — e construí personagens, com quem tive conversas agradáveis e enriquecedoras. Ao embarcar de retorno, senti saudades."


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